Razões fortes e justas para aderir com coragem

<font color=0093dd>Fazemos greve geral</font>

Para rejeitar a exploração e o empobrecimento, para defender um Portugal desenvolvido e soberano e para exigir emprego, salários, direitos e serviços públicos, amanhã é dia de não comparecer no trabalho, juntar-se aos piquetes de greve e participar nas concentrações marcadas em dezenas de capitais de distrito e outras localidades. Respondendo ao apelo da CGTP-IN, começa dentro de horas a greve geral.

A adesão de cada um vai mostrar a força de todos

Image 9155

Todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores, de todos os sectores, empresas e serviços, com vínculos permanentes ou precários, são chamados pela CGTP-IN a participar activamente nesta jornada. Convocada a 19 de Outubro, pelo Conselho Nacional da central, a greve geral ganhou amplo apoio nos inúmeros plenários, reuniões e contactos mais informais, que se foi exprimindo na quantidade e diversidade de estruturas que tomaram posição a favor da greve e dos seus objectivos, bem como nas muitas organizações sindicais que apresentaram pré-avisos, reforçando a convocação da Intersindical.

Das escolas e universidades às embaixadas e consulados, das grandes unidades industriais aos super e hipermercados, dos hospitais e tribunais às cantinas e restaurantes, dos vários modos de transporte de passageiros e carga até às câmaras e serviços municipalizados, a adesão de cada um vai fazer a greve geral que mostra a força de todos.

 

Dezenas de concentrações

 

Convocadas pelas uniões de sindicatos da CGTP-IN, vão ter lugar amanhã dezenas de acções que procuram dar expressão pública à greve geral e aos seus objectivos, nos distritos de:

- Lisboa, no Rossio, a partir das 11 horas, com desfile, a partir das 14 horas, para a Assembleia da República;

- Porto, na Praça da Liberdade, às 15 horas;

- Setúbal (no Largo da Misericórdia) e Grândola (junto aos CTT), ambas às 11 horas; às 15 horas, em Alcácer do Sal (Largo Pedro Nunes), no Barreiro (Largo Catarina Eufémia), em Santiago do Cacém (junto à Rodoviária) e em Sines (no Jardim das Descobertas);

- Aveiro, 15 horas (na Praça Joaquim Melo Freitas), Águeda (Praça da República), Santa Maria da Feira (frente à Câmara Municipal), São João da Madeira (Praça Luís Ribeiro) e Ovar (Largo do Tribunal);

- Beja, 12.30 horas (Praça da República);

- Braga, a partir das 14.30 (na Avenida Central) e Guimarães (junto à IGT e à central de transportes urbanos);

- Castelo Branco, às 11 e às 15 horas (frente à Câmara Municipal) e Covilhã (Praça do Município);

- Coimbra, 11 horas (Praça 8 de Maio);

- Évora, 14.30 (rotunda da Porta de Avis);

- Faro, 15 horas (Jardim Manuel Bívar);

- Portalegre, 15 horas (Av. Liberdade), Avis (frente à Câmara Municipal), Campo Maior (Jardim da Avenida), Nisa (frente à Biblioteca Municipal);

- Santarém, 14.30 horas (junto ao shopping) e, às 10.30 horas, em Benavente (Largo Nossa Senhora da Paz), Torres Novas (junto à casa sindical) e Tramagal (junto à delegação do SITE);

- Viana do Castelo, 15 horas (Praça da República);

- Vila Real, 15 horas (Av. Carvalho Araújo, junto ao Largo do Pelourinho), e

- Viseu, 12 horas (Largo do Rossio).

Nas regiões autónomas, estão convocadas concentrações para o Funchal (às 16.30, na Avenida Arriaga), Angra do Heroísmo (14 horas, Alto das Covas) e Horta (15 horas, Praça do Infante).

Para dia 30 de Novembro, a partir das 9 horas, as uniões de Lisboa e de Setúbal marcaram uma concentração frente à AR, onde irá decorrer a votação final global do Orçamento do Estado.



Mais artigos de: Em Foco

<font color=0093dd>Podemos ter uma greve histórica</font>

Olhando para o que se passou nas últimas semanas, quais as expectativas para esta greve geral?

A par da intervenção unitária, tem havido iniciativas próprias do Partido, temos as posições e as propostas dos comunistas. Como é avaliada a resposta das pessoas, face à necessidade de dar força ao PCP para construir a alternativa de que o País precisa?

Apesar dos fortes motivos para fazer greve, os trabalhadores vão confrontar-se certamente com graves impedimentos. Até que ponto isto poderá prejudicar os índices de adesão?

O sucesso da greve geral significa paralisar o País, como repetidamente tentam fazer crer?

Uma greve geral assume objectivos mais avançados, claramente políticos. Como se enquadra esta greve geral na luta pela alternativa que o Partido propõe para Portugal?

Vamos ter mais greves gerais?

Nacionalizar a banca comercial e os seguros

Num contexto como aquele em que vivemos, marcado por uma profunda crise nacional e internacional de dimensão e profundidade imprevisíveis, fica ainda mais evidente a importância de um sector financeiro predominantemente público. A afirmação é de Jerónimo de Sousa que, numa declaração proferida no dia 17, voltou a defender a necessidade da «nacionalização definitiva de todo o sector da banca comercial e também dos seguros».

Rejeitada foi a privatização da componente seguradora da Caixa Geral de Depósitos, que representa mais de 30 por cento de toda esta actividade em Portugal.